terça-feira, 25 de novembro de 2008

Projeto Arborização - Prefeitura de Campo Largo-PR


ARBORIZAÇÃO URBANA

A redução drástica da cobertura vegetal em função da urbanização é notável. Apesar das funções ecológicas (as árvores e outros vegetais interceptam, refletem, absorvem e transmitem radiação solar, melhorando a temperatura do ar no ambiente urbano), econômicas e sociais da vegetação, o espaço desta nas cidades, embora indispensável, é cada vez mais restrita.

Diante desta situação, faz-se necessário um profundo e adequado processo de planejamento de uma efetiva e adequada arborização urbana que torne compatível a vegetação com todas as demais estruturas do meio urbano objetivando os benefícios a ela intrínsecos.

Mas o que significa arborização urbana?

No sentido físico-territorial, a arborização urbana é entendida como o conjunto de terras públicas e particulares com cobertura arbórea que uma cidade apresenta.

Em um plano de arborização devem ser consideradas algumas questões como: o que(?), como(?), onde?) e quando(?) plantar. O plano deve estabelecer para cada rua ou padrão de rua o porte de árvore utilizável ou a espécie a utilizar, indicando se o plantio será de um ou ambos os lados das ruas. Deve definir paisagisticamente se o plantio será regular com uma única espécie por rua, intercalado por espécies diferentes a cada determinado número de quarteirões ou totalmente misto dentro de padrões de porte aceitáveis. Dentro do plano, por razões estéticas e também fitossanitárias, deve-se estabelecer o número de espécies a utilizar e a proporcionalidade de uso de cada espécie, em relação ao total de árvores a ser plantada, sendo que cada espécie não deve ultrapassar 10 - 15% da população total de árvores de rua.

Para a cidade de Campo Largo, a espécie vegetal que será predominatemente empregada é a Extremosa ou Escumilha e Resedá (Nome Científico: Lagerstroemia indica). Esta planta caducifólia (perde as folhas durante inverno) é frequentemente utilizada em planos de arborização por apresentar pequeno porte. Tal planta é nativa da China, apresenta flores coloridas em cachos que florescem durante o verão.


Outras plantas inclusas neste plano são: epirradeira, angico vermelho, dedaleiro, tipuana, paineira, canafístula, gerivá, fênix, liquidambar, grevilha robusta, ipê, laranjeira, uva do Japão, aroeira, ligustro, araçá, canela, espirradeira, acácia, bracatinga, cinamomo, alámo, branquilho, abacateiro, corticeira, ameixa, araucária, chorão, amoreira, eufórbia, cedro, pata de vaca, cássia, pimenteira, loro, plátano, pitangueira, jacarandá, hibisco, bouganville, podocarpo, dentre outras.
Primavera



Platano





Liquidambar





Ligustro



Canafístula

Espirradeira



Cinamomo

Acácia



Prefeitura municipal de Campo Largo

PARA REFLETIR...
USO DE ESPÉCIES NATIVAS PARA ARBORIZAÇÃO
O uso de espécies arbóreas nativas na arborização urbana ainda não se constitui em uma prática comum nos planejamentos urbanos. No próprio plano de arborização de Campo Largo constam espécies exóticas, como o ligustro (Japão, Coréia e Sul da África), a espirradeira (norte da África, Mediterrâneo e Sul da Ásia), o plátano (Eurásia e América do Norte), dentre outros.
A introdução de espécies exóticas é considerada uma das maiores causarodoras de perda de biodiversidade no mundo. No entanto, grande parte das ruas das nossas cidades são arborizadas com espécies exóticas que, em alguns casos, tem contribuído para a extinção de alguns pássaros nativos em razão da mudança nos seus hábitos alimentares.
Uma das razões para tal fato é o desconhecimento pela população e órgãos municipais, das nossas espécies nativas; apenas algumas espécies, como os ipês, por exemplo, são conhecidos e procurados pelo público em geral. Torna-se necessário, campanhas de educação ambiental, enfocando a grande riqueza da nossa flora nativa e as potencialidades de muitas espécies para uso em programas de arborização urbana.
É evidente que muitas das espécies nativas não são adequadas para a arborização urbana devido ao porte muito elevado, raízes muito volumosas, frutos grandes, ou galhos que se quebram com facilidade. Entretanto, a grande maioria pode ser plantada em praças, parques e grandes avenidas. As plantas de espécies nativas devem ser preferidas em relação às exóticas, pois estão mais adaptadas às condições climáticas do local, tendo, portanto, maiores chances de sobreviver e desenvolver-se.
Espécies exóticas são usadas em alguns casos, mas a própria preservação das espécies nativas pode começar pela arborização urbana.

Ambiente em Foco















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